quarta-feira, 4 de abril de 2012

Capricho

Deixo o meu sorriso se esgueirar pelo canto da boca e escapar, mas é de propósito. Quero fazer parecer que a minha distância não passa da tentativa falha de fingir que não quero. Desejo fortemente que a minha sutil falta de cautela lhe seja perceptível, que é para ir deixando brechas... Veja bem: quero que acredite no meu desencanto e descaso, ao mesmo tempo em que uma voz insistente sussurra-lhe para enxergar justamente o contrário. 
Eu não me importo de ser a sua dúvida atroz.

3 comentários:

  1. Desse jogo e de outros dizeres, a réstia que sobra pra esse neófito se sobressai e o empresta o doce e o amargo da hóstia - concessão para participar de tal ato/agir comungar o mistério e, por outro lado nada desse além intocado.
    Pobre Sr. Smith...

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  2. me identifiquei tanto!

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  3. "Eu não me importo de ser a sua dúvida atroz."

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